05 julho 2011

Hold Me In Your Arms - Robsten After Pca






Ela trazia o par de sapatos extremamente alto nas mãos e ele o pequeno aparelho de celular do People’s Choice Awards na mão esquerda e o troféu de vidro dela na outra. Ele estava quieto demais, a mandíbula estava presa, e ela podia ver que ele arranhava os dentes. Algo havia deixado Rob bravo, muito bravo.

 Ele abriu a porta ainda quieto, e ela tentou sem sucesso se embrenhar no braço esquerdo dele.

 - O que houv... – ela começou dizendo, com aquela voz doce.

 Ele não deu atenção, jogou o celular na pequena estante logo na entrada e colocou o prêmio dela em cima da mesa. Em seguida sorriu, irônico, e bateu palmas. Ela estava com medo.

 - Parabéns, mais uma vez, Srta. Stewart. Mas uma vez você consegue a façanha de estragar tudo.
 - Eu? Mas o que eu...
 - O que eu fiz? É isso que você vai dizer? Como se não soubesse, como se durante o show inteiro não tivesse rindo por dentro e dizendo “Oh, pobrezinho do Rob. Vou dar um gelo nele, ele é um cãozinho sem dono, não importa o que eu faça, ele vai sempre vir correndo atrás de mim com o rabinho abanando...”
 - Rob, eu não to entendendo...
 - São coisas pequenas. – ele disse, mergulhando a mão nos cabelos – você não precisava ter feito tudo aquilo. – A voz dele agora havia passado de raivosa para triste. – Não precisava ter me ignorado o tempo todo, não precisava ter exagerado.
 - Oh... – ela parecia ter entendido, finalmente. – Sweetheart, mas é porque você sabe, eles podem descobrir e...
 - Você sabe que eles já sabem. Parece que só você aqui que não sabe. Custava ter segurado a minha mão? Eu fiquei lá, com aquela cara de cú. Custava olhar pra mim quando eu falasse...
 - Oh, por favor. Queria que eu ficasse o show inteiro abraçada em você, babando pelo seu rosto...
 - Parece que com Taylor não teve problemas.

 Ele sorriu novamente e subiu para o quarto. Ela ficou parada por alguns segundos e o seguiu. Ele estava escovando os dentes.

 - Não acredito que você tá com ciúmes do Taylor... Você tinha concordado, a gente tinha combinado. Ele me levaria até a escada, e não foi por capricho, você sabe que eu sou um perigo andando de saltos...

 Ele terminou e foi para o closet trocar de roupa. Ela o seguia.

 - Estava combinado também você olhar para todos os lados menos pra mim? Estava combinado você se abraçar a ele bem na minha frente, sabe o que parecia? Que você não queria de jeito nenhum tocar em mim, que estava com medo de que eu a machucasse...
 - Isso já é exagero. Quer controlar pra onde eu olho também?
 - Não, PORRA! Será que você ainda não entendeu? Eu preciso de você... – ele ficou um instante em silêncio e imóvel, como se pensasse nas palavras que havia acabado de dizer. – Ótimo, você me despreza e eu continuo correndo atrás. – ele disse a si mesmo.

 Ele se virou e tirou o casaco. Depois a camisa e colocou uma camiseta velha. Tirou os tênis, as calças e vestiu um moletom cinza.

 - Desculpa, - ela disse olhando para as próprias mãos. – eu não queria ter te magoado assim. Eu não pensei que podia te deixar tão triste. Você não parecia machucado.
 - Claro, claro. Além de ser ignorado pela minha namorada o show inteiro, além de ver ela abraçando outro cara ao invés de mim, ver ela olhando pra todos os lugares ao invés de pra mim, rindo pra tudo menos de mim eu ainda tenho que ficar com cara de quem levou um pé na bunda?
 - Rob, pelo amor de Deus, você tá exagerando...
 - Quem tá exagerando aqui é você, Kristen. – ele parecia seco. A voz leve e morta, como se não tivesse nenhum sentimento agora. – Se for pra exagerar, pra não fazer absolutamente nada juntos a não ser que seja dentro de casa, eu simplesmente não posso continuar...

 Uma lágrima escapou pelos olhos dela. Outra a seguiu e quando percebeu, várias escorriamcomo se fosse o momento perfeito.

 Ele se deitou, alheio a ela, que foi para o banheiro. Ela lavou o rosto somente com água, fazendo a maquiagem dos olhos se transformar em uma coisa só, que escorria pela bochecha. Tirou o vestido dourado, e vestiu uma camisa velha do Rob.

 Lavou o rosto novamente, agora com sabonete e respirou fundo vendo seu rosto agora limpo, sujo apenas com as lágrimas que ainda teimavam escorrer. Se encostou na pia e fitou seu rosto.

 Não conseguia compreender Rob e temia a falta de compreensão dele. Se ele soubesse o porquê de não segurar suas mãos, o porquê não olhar seu rosto, o porquê de não tocá-lo...

 Ele saberia. Tinha de saber. E foi esse seu propósito quando saiu do banheiro de cabeça baixa. Deitou-se no seu lado da cama e acendeu o abajur. Robert protestou com um grunhido baixo. Ele se virou para ela com o propósito de reclamar, mas parou no segundo em que ela olhou no fundo de seus olhos e começou a falar com voz rouca.

 - Eu... Tenho alguns problemas. Ou melhor, tive, e por isso to fazendo as coisas dessa forma. Pra tentar mudar. – ele se ajeitou para ouvi-la melhor. – Quando eu amo muito uma pessoa, e isso inclui não só você, mas também meus pais, Jella... Enfim. Quando alguém é muito importante pra mim eu quero demonstrar tanto isso, eu quero tanto que essa pessoa saiba o que eu sinto que eu acabo a sufocando.
 - Kristen, você não me sufoca. Pelo contrário, você...
 - Eu sei. Por que eu sei também que se eu te sufocar, você não vai agüentar. Eu te conheço o bastante pra saber que você gosta de sair e voltar a hora que quiser. Que gosta de ir na casa dos seus amigos sem ninguém enchendo o saco, sei que odeia celular principalmente quando ele toca. Se eu não controlasse esse... Instinto que eu tenho, você não ia agüentar nem um minuto ao meu lado. É isso.
 - E você acha que me ignorando daquela forma te faz menos sufocante? É assim que funciona? Você me mantém longe pra não me sufocar?
 - Se eu te olhasse, eu juro – ela fungou, lágrimas maiores e mais poderosas escapavam agora – que ia ser a coisa mais desastrosa que eu faria.
 - Por quê? – ele afastou uma mecha de cabelo castanho que caía pelo rosto molhado dela.
 - Porque eu não ia mais conseguir prestar atenção em nada. Eu ia querer só ficar olhando pra você e quando chamassem o meu nome eu não ia ouvir porque estaria muito ocupada contemplando o teu rosto.
 - E segurar a minha mão, não ajudaria? Você não precisava olhar pra mim, mas ainda sim eu ia me sentir mais seguro com você ali. Você sabe que eu preciso de você pra... Respirar nesse tipo de evento...
 - Se eu segurasse a sua mão... Se eu segurasse o seu dedo mindinho, por um segundo que fosse, no outro eu já estaria entrelaçando nossos dedos, no outro abraçando você e no outro deitando a minha cabeça no seu pescoço...
 “O fato é que... “- ela continuou, ainda chorando. Ele a olhava perplexo. – “... Um pouco de você nunca é o bastante pra mim. Entende? É isso que eu quero dizer. Se eu pegar um pouco, eu vou querer sempre mais. Você é o combustível pra eu te querer ainda mais...”

 Ele sorriu, envergonhado. Sentiu-se mal por tê-la magoado, julgando o fato de ela o estar magoando.

 - Se eu me afastei... – ela continuou – Me desculpe, eu realmente não queria dar a impressão errada de que eu não quero estar com você. Eu nunca iria querer isso. Confesso que posso ter exagerado tentando me afastar lá no palco, mas é porque eu sei que se eu facilitar, em um segundo vou estar no seu colo te beijando.

 Ele riu.

 - Porque quando você não está perto de mim, com teus braços em volta de mim, perto... Nem que seja a um centímetro de distância, pra mim sempre vai parecer um abismo e eu vou querer chegar mais perto. O que seria... Em cima de você. Sabendo disso, eu me segurei no Taylor.
 - Tentando me substituir? – a voz dele não tinha mágoa nenhuma, era somente um tom brincalhão. Mas o rosto dela parecia triste.
 - Não. Ninguém consegue, você sabe. Eu precisava me agarrar em algo pra me certificar de que não sairia correndo pros teus braços.

 Ela terminou e sorriu de leve. Escorregou o próprio corpo na cama até estar com a cabeça sobre o travesseiro e desligou o abajur. Mas ele não deixaria ficar assim. Puxou-a pelo braço até ela estar em baixo dele.

 - Rob, o que...

 Ela não teve tempo de terminar a frase, pois seus lábios ficaram muito ocupados com os dele. Ela sentiu tudo que ele sentia e vice versa. Estava livre e tranqüila agora que havia dito tudo que sentia pra ele.

 Ele cobriu o corpo dela com seu próprio, suas mãos acariciando os fios castanhos dela, as mãos dela mantendo-o próximo com um abraço no pescoço.

 - Eu te amo. – ele disse, ofegante, encostando sua testa na dela. – Me desculpe.
 - Não tem que se desculpar, eu só não achei que você fosse ficar tão magoado com tudo.
 - Sh... – ele beijou-a de leve. – Já passou. Agora sim, você pode olhar pra mim. – ele acendeu o abajur. O quarto ficou com uma aura aconchegante.

 Ele se afastou, ajoelhando entre as pernas dela. Ela se sentou no colo dele, tirando a camiseta e sendo observada por ele. Beijaram-se lentamente, as mãos dele passeando pelas costas macia dela.
 Separaram-se novamente, ela se deitou e ele tirou o moletom e a camiseta, ficando só de cueca. Deitou sobre ela novamente, apertando as coxas dela e guiando até a volta de seu quadril.

 Ele beijou seu pescoço, colo, seguindo para os seios, os quais se demorou saboreando lentamente cada um. Ela gemia e se debatia de leve, a cada golpe que ele dava com sua língua, ela apertava mais suas pernas em volta dele.

 Depois, ele seguiu o caminho pela barriga lisa até chegar no centro de calor dela. Beijou sua intimidade por cima do tecido preto da calcinha, e depois fechou os punhos em volta do pequeno elástico, puxando para baixo. Ela sorriu ao sentir o calor da respiração dele ali.

 Ele beijou sua fenda macia, e depois explorou com os dedos longos, um olho ali e outro observando suas reações, maravilhado com as respostas dela. Mordia os lábios, gemia. Chamava seu nome, se contorcia, pedia por mais.

Penetrou, primeiro, um dedo, longo e fundo, com calma, fazendo-a levar o quadril para mais perto de sua mão. Ele sorriu. Abaixou seu rosto até aquele ponto, trabalhando com a sua língua no botão delicado acima do ligar onde sua mão se unia ao corpo dela. Ela relaxou, mas depois ficou inquieta.

 - Oh, Deus... – ela gemeu, prendendo o rosto dele ali com uma mão em seus cabelos.

 Ele penetrou-a, então, com mais um dedo, e depois outro. Quando sentiu que ela se apertava em volta de seus dedos, ele saiu dela, abaixando sua boxer para deitar-se sobre o corpo magro dela.

 Ela sorriu, preguiçosa e abraçou-o com as pernas novamente.

 Ele se ajeitou e preencheu-a com toda sua extensão. Ela se culpava por não ter percebido o tamanho da ereção dele antes. Ele saiu devagar e entrou novamente, seus lábios encontrando os dela. Sua língua passeou sobre a dela e depois sobre seu colo e seios.

 Seu quadril se ondulava, assim como o dela, na tentativa de chegarem mais e mais próximos um do outro. Ele enterrou a cabeça no pescoço dela e ela suas unhas em seu ombro.

 - Kristen... – ele gemia, enquanto beijava sua mandíbula.
 - O que... – ela conseguiu responder, sem parar com os movimentos contra ele.
 - Vem comigo...
 - Eu estou aqui, meu amor...

 Os gemidos se misturavam, pedindo por mais e mais. Então ele se ajoelhou novamente, trazendo-a sobre seu colo, ajudando-a a cavalgar sobre si. Seus rostos colados, os gemidos próximos. Ela o beijou, e o olhou no fundo dos olhos.

 Ambas as pupilas estavam dilatadas, o prazer tomando conta de ambos.

 Então, ele gemeu mais alto e mais forte. Ela sabia que ele estava próximo. Gemeu seu nome mais uma vez.

 - Rob...
 - O que? – ele gemeu em resposta.
 - Me abraça...

 Ele sorriu e o fez, enterrando o rosto no pescoço dela, o perfume dos cabelos tomando conta de sua alma.

 Então ela também sentiu seu corpo queimando atrás do prazer dele.

 Afastou-se do abraço e olhou para ele.

 - Rob, que quero segurar as suas mãos.

 Ele não entendeu, a princípio. Riu e suspirou, bobo. Kristen Stewart sempre impressiona.

 Então, seguraram as mãos e entrelaçaram os dedos.

 No instante seguinte, só sabiam que existia o corpo um do outro. Chegaram ao clímax juntos, beijaram-se mais uma vez e deitaram, um nos braços do outro.

 - Eu te amo. – ele disse.
 - Eu te amo. – ela repetiu.

 Entrelaçou então, novamente os dedos nos dele suprindo a necessidade dele e a sua.


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